AUDIÊNCIAS PÚBLICAS FORTALECEM A GESTÃO DA BACIA DO RIO PARAÍBA

Para promover a gestão participativa e a preservação dos recursos hídricos, o Governo do Estado da Paraíba, por meio da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), realizou uma série de audiências públicas nas cidades de Itabaiana (baixo Paraíba), Campina Grande (médio Paraíba) e Monteiro (alto Paraíba), nesta última semana. Centenas de usuários da bacia do Rio Paraíba participaram e contribuíram com os debates. O projeto foi executado em parceria com a Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape), contratada pela Secretaria da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos (Seirh) para elaborar um estudo detalhado e um novo diagnóstico do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba. A iniciativa foi financiada pelo Banco Mundial.

Com uma área de cerca de 20 mil km², a bacia do Rio Paraíba cobre aproximadamente 38% do território paraibano e abastece 1,8 milhão de habitantes, representando 52% da população do estado. A bacia é vital para o semiárido nordestino, garantindo água para atividades essenciais, como agricultura, pesca e abastecimento humano. No entanto, a região ainda enfrenta desafios significativos, especialmente em períodos de estiagem prolongada, o que reforça a necessidade de um plano estratégico robusto.

Durante as audiências, o diagnóstico preliminar da bacia foi apresentado à comunidade, com destaque para relatórios técnicos, gráficos e mapas que ilustram a situação atual dos recursos hídricos da região. Essas apresentações visaram coletar contribuições que ajudem a refinar essa análise. Para o diretor de Gestão e Apoio Estratégico da Aesa e gestor do plano, Waldemir Azevedo, o objetivo é ter um diagnóstico mais próximo da realidade da bacia. “Queremos entender a bacia que temos, para, a partir daí, traçarmos o caminho rumo à bacia que desejamos. Com as contribuições colhidas em Itabaiana, Campina Grande e Monteiro, teremos um panorama mais fiel, permitindo que o relatório final aponte de forma clara as necessidades para uma gestão hídrica eficiente, garantindo o uso saudável e equitativo da água”, afirmou Azevedo.

Participação ativa e inclusiva – As audiências públicas atraíram a participação de diversos segmentos da sociedade, desde membros da comunidade até acadêmicos e representantes de órgãos públicos. A estudante de pós-graduação em Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Luana Alves dos Santos, esteve presente na audiência e ressaltou a relevância da participação acadêmica nesse processo. “A presença da academia, dos usuários e da comunidade é essencial para identificar áreas críticas e definir prioridades para uma gestão mais eficaz dos recursos hídricos. É importante que os jovens se envolvam, pois esses planos são voltados para o nosso futuro, e seremos nós os responsáveis pela gestão desses recursos nos próximos anos”, destacou.

Próximos passos: Consolidação das contribuições e prognóstico – O Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba está estruturado em etapas, que incluem o diagnóstico, prognóstico, planejamento estratégico e consultas públicas. Após as audiências, o próximo passo será a consolidação das sugestões recebidas, que serão analisadas para refinar as diretrizes e estratégias do plano. O objetivo é integrar as contribuições da sociedade no documento final, que servirá como guia para a gestão sustentável da bacia.

Para ampliar a participação popular, a Aesa também disponibiliza um portal online (www.planorioparaiba.com.br), onde a sociedade pode continuar contribuindo com sugestões e informações adicionais.